RevOps Summit 2025: Transformando Estratégias em Resultados Sustentáveis
- consulting261
- 23 de mai.
- 5 min de leitura
O RevOps Summit 2025, organizado pela 8D Hubify, reuniu especialistas e líderes do mercado para discutir como a integração entre Revenue Operations (RevOps) e Go-to-Market (GTM) pode transformar a forma como as empresas crescem e se relacionam com seus clientes. Como consultora especializada em estratégias de crescimento e otimização de processos, tive a oportunidade de participar deste evento enriquecedor e conectar os aprendizados com minha própria trajetória profissional. Em 2024 tive a honra de participar de um painel neste fantástico evento.
A Jornada do Cliente como Pilar do Crescimento Sustentável
Um dos momentos mais impactantes do evento foi a palestra de Renata Centurion, da Winning by Design, que abordou o onboarding como motor de impacto e retenção. Com energia contagiante e clareza estratégica, Renata destacou que é no onboarding que começa, de fato, a experiência do cliente — não no fechamento da venda, mas na entrega de valor real e recorrente.
Durante minha experiência na Cortex-intelligence, onde atuei diretamente com processos de onboarding, pude vivenciar na prática o que Renata enfatizou em sua apresentação: "Fechamento não é igual a faturamento. Só há geração de receita recorrente se houver retenção e expansão". Esta frase resume perfeitamente o desafio que enfrentei ao estruturar processos que garantissem não apenas a satisfação inicial dos clientes, mas sua permanência e crescimento ao longo do tempo.

Renata apresentou um conceito que ressoou profundamente com minha experiência: a necessidade de entregar o primeiro valor o mais rápido possível, reduzindo o risco de remorso do comprador. Na Cortex, implementamos uma metodologia semelhante, estabelecendo marcos claros de entrega de valor nos primeiros 30, 60 e 90 dias de relacionamento, o que resultou em um aumento significativo na taxa de retenção de clientes.
A metáfora utilizada por Renata — "Coloque seu cliente em uma almofadinha de seda e transfira delicadamente da fase de aquisição para a de expansão" — reflete exatamente o trabalho que realizamos na transição entre equipes comerciais e de customer success, criando uma experiência fluida e sem rupturas para o cliente.
Go-to-Market e a Estratégia de Crescimento Integrada
Outro destaque do evento foi a abordagem sobre Go-to-Market (GTM), tema central no painel que contou com a participação de Daniel Pires e também na abertura realizada por Fábio Duran, CEO da 8D Hubify. Como Diretora de Oferta na Cortex, minha responsabilidade incluía definir estratégias de posicionamento e entrada no mercado, o que me permitiu conectar diretamente com os conceitos apresentados.
Fábio Duran contextualizou o público sobre a evolução da 8D, que surgiu da fusão entre Hubify e 8D Pro, e lançou a provocação central do evento: crescer com consistência depende tanto de uma boa estratégia (GTM) quanto de uma operação bem executada (RevOps). Esta visão integrada foi exatamente o que busquei implementar na minha trajetória profissional, onde a estratégia de oferta precisava estar perfeitamente alinhada com a capacidade operacional de entrega.
Os resultados compartilhados pela 8D Hubify — 85% de receita recorrente e 27% proveniente de expansão de contratos — refletem métricas semelhantes às que alcançamos no mercado após a implementação de estratégia integrada de GTM e RevOps, demonstrando a eficácia dessa abordagem quando bem executada.
O Papel Crucial do RevOps na Jornada do Cliente
Amanda Alves, Executiva de RevOps da Blip, trouxe reflexões profundas sobre a prática de RevOps, focando especialmente na etapa do funil conhecida como Mutual Commit — o momento crítico em que a operação precisa garantir que a venda seja concretizada e sustentada com estrutura suficiente para gerar retenção e receita contínua.
Amanda começou ressaltando o abismo entre o discurso sobre RevOps e sua execução prática nas empresas, uma realidade que também observei durante minha trajetória profissional. Apesar do crescimento da disciplina e do seu reconhecimento por publicações como Gartner e Forbes, muitas organizações ainda não conseguem operacionalizar o conceito de forma estruturada.
Um dos principais desafios destacados por Amanda foi o desalinhamento entre times de Go-to-Market (Marketing, Vendas, CS), que pode causar perda de até 10% da receita anual. Durante minha atuação profissional, enfrentei esse mesmo desafio e trabalhei ativamente para criar pontes entre as diferentes áreas, estabelecendo processos e métricas compartilhadas que permitissem uma visão unificada da jornada do cliente.
A frase de Amanda — "Não dá para resolver problemas sistêmicos com soluções pontuais" — resume perfeitamente a abordagem que adotei ao implementar transformações nos processos para a operação de receita trabalhar em escalabilidade. Não basta implementar uma nova ferramenta ou criar um novo relatório; é necessário tratar a raiz dos problemas, envolvendo processos, cultura e capacitação.
Enablement como Catalisador de Transformação
Embora não tenha sido um tema isolado no evento, o conceito de Enablement permeou diversas palestras e painéis, destacando-se como elemento fundamental para o sucesso das estratégias de RevOps e GTM. Na minha experiência como consultora e anteriormente na Printi e na Logcomex, pude comprovar que sem um programa estruturado de capacitação e habilitação das equipes, mesmo as melhores estratégias falham na execução.
A palestra de Juliana Tubino sobre "Programas de Parcerias como Alavanca de Receita no Pós-Venda" também trouxe insights valiosos sobre como as parcerias podem ser tratadas como parte central do modelo de negócio. Durante minha atuação na Linx pude acompanhar o desenvolvimento de um ecossistema de parceiros que pudessem complementar ofertas e ampliar alcance no mercado, seguindo princípios semelhantes aos apresentados por Juliana.

Integrando Tecnologia e Processos para Resultados Consistentes
Tainah Escocard, Sócia e CBDO da 8D Hubify, compartilhou um relato pessoal sobre como a Inteligência Artificial foi decisiva para salvar a performance comercial em uma situação crítica. Sua experiência de gerenciar 64 oportunidades ativas simultaneamente, utilizando ferramentas de IA para automatizar tarefas e manter o foco no que realmente importava, demonstra o poder da tecnologia quando aplicada com intencionalidade.
Recentemente trabalhei em projetos para implantar soluções tecnológicas e automatizar processos repetitivos e liberar tempo das equipes para atividades de maior valor agregado. A integração entre CRM, ferramentas de comunicação e plataformas de análise de dados nos permite criar uma visão unificada da jornada do cliente e tomar decisões baseadas em dados concretos, não em intuições.
A frase de Tainah — "A IA empodera o excelente — e demite o medíocre" — reflete uma realidade que observei na transformação digital das empresas: a tecnologia amplifica tanto os acertos quanto os erros. Por isso, é fundamental investir primeiro na definição clara de processos e na capacitação das equipes, para então potencializar os resultados com as ferramentas adequadas.
Conclusão: Transformando Aprendizados em Ação
O RevOps Summit 2025 reforçou conceitos que tenho aplicado ao longo de minha trajetória profissional e trouxe novos insights que certamente incorporarei em meus projetos futuros. A integração entre RevOps e GTM, o foco no onboarding como motor de retenção, a importância do alinhamento entre equipes e o papel da tecnologia como facilitadora de processos são pilares fundamentais para empresas que buscam crescimento sustentável.
Como consultora especializada em estratégias de crescimento e otimização de processos, meu compromisso é ajudar organizações a implementar essas práticas de forma estruturada e adaptada à sua realidade específica. Se você enfrenta desafios relacionados a retenção de clientes, alinhamento entre equipes ou definição de estratégias de crescimento, convido você a refletir sobre os pontos abordados neste artigo e considerar como eles podem ser aplicados em seu contexto.
A jornada de transformação começa com um diagnóstico claro da situação atual e uma visão compartilhada do futuro desejado. A partir daí, é possível definir um plano de ação que integre pessoas, processos e tecnologia para alcançar resultados consistentes e sustentáveis.
Este artigo foi escrito por Patrícia Romancini, consultora especializada em estratégias de crescimento e otimização de processos.



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